domingo, 16 de setembro de 2007

Depressão,a doença do século.


Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

suicidio


Define-se suicídio como a atitude individual de extinguir a própria vida, podendo ser causada entre outros factores por um elevado grau de sofrimento, que tanto pode ser verdadeiro ou ter sua origem em algum transtorno afetivo, transtorno psiquiátrico como a psicose aguda (quando o indivíduo sai da realidade, porém não o percebe) ou a depressão delirante. Em todos os três casos, a probabilidade de atitude tão extrema é consideravelmente potencializada se houver uso continuado de drogas e de bebidas alcoólicas. O suicida pode, ou não, deixar uma nota de suicídio.

Um amplo espectro da sociedade trata o assunto sob o véu do tabu, ou seja: um tema sobre o qual devem-se evitar maiores aprofundamentos teóricos ou acaloradas discussões. No entanto, o suicídio pode ser considerado um problema de saúde pública, na medida que em países onde a estatística é utilizada como ferramenta no auxílio de melhor visualização da realidade social, como nos Estados Unidos, são elevados os índices de mortes por suicídio e muito maiores os números referentes às tentativas infrutíferas.

As reações ao suicídio variam de cultura para cultura. O ato é considerado um pecado em muitas religiões, e um crime em algumas legislações. Agostinho de Hipona (354-430) assumiu um posicionamento segundo o qual cristãos não podem cometer suicídio, pois compreendia que o mandamento ‘Não matarás’ (Êxodo 20.13) proíbe matar a nós mesmos. Por outro lado, algumas culturas vêem tal ato como uma maneira honrosa de escapar a situações vergonhosas ou desesperadoras, como no caso do seppuku japonês geralmente usado para limpar o nome da familia na sociedade. As pessoas que tentam o suicídio, com ou sem sucesso, deixam geralmente um bilhete para explicar tal ato, o que comprova que o suicídio é, de uma maneira geral, um ato premeditado. Suas causas psíquicas ainda permanecem desconhecidas, mas está associado principalmente a quadros depressivos.

Há uma frase célebre sobre o tema do filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder à uma pergunta fundamental da filosofia"

você é um alcoólatra?


O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as conseqüências decorrentes. O alcoolismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Síndromes amnéstica (perdas restritas de memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o delirium tremens, que pode ser fatal.
Assim o alcoolismo é um termo genérico que indica algum problema, mas medicamente para maior precisão, é necessário apontar qual ou quais distúrbios estão presentes, pois geralmente há mais de um.

sábado, 8 de setembro de 2007

eu não tenho problemas com piercing!




Cuidados para com o seu piercing


Lave as mãos com sabonete anti-séptico antes de tocá-lo.

Lave a boca com anti-séptico bucal diluído em água após as refeições.

Limpe o piercing somente duas vezes por dia, na fase de cicatrização.

Não permita que outras pessoas toquem em seu piercing sem lavar as mãos.

Evite sauna, piscina, banho de mar, lagoa e excesso de sol.

Atritos causados por roupas apertadas, pesadas ou movimentos excessivos podem causar quelóides, irritação da pele. Isso forma um vermelho escuro ao redor do piercing, podendo levar até à rejeição.

O piercing só pode ser trocado ou retirado quando o local perfurado já estiver completamente cicatrizado.

Evite roupas justas e sintéticas que fiquem em contato com o piercing, pois dificultam a respiração da pele.

Não submeta seu piercing a nenhum atrito.

Stress, má alimentação, uso de drogas e álcool ou doença podem prolongar o período de cicatrização.

Não tenha contato com fluídos de outras pessoas, como suor, saliva, secreções, sangue, etc.

Deixe longe de seu piercing, cosméticos, bronzeadores, perfumes, roupas de cama suja, aparelhos de telefone ou qualquer objeto de uso público. As infecções são causadas pelo contato com bactérias e fungos que podem estar em qualquer lugar.

Para limpar o piercing, utilize um sabonete anti-séptico e aplique sobre o local, girando lentamente a jóis. Certifique-se que não ficou nenhum resíduo ou secreção.

Só toque no piercing quando estiver limpando.

Para a cicatrização dos piercings bucais, chupe gelo e beba água gelada nos três primeiros dias. Evite beijos e alimentos apimentados.

Não aplique sobre o piercing álcool, água oxigenada, mertiolate, mercúrio e pomadas que não sejam indicadas por um profissional.

Playstation 3


geralmente abreviado PS3) é o terceiro videogame caseiro produzido pela Sony Computer Entertainment; sucessor do PlayStation 2. O PlayStation 3 compete contra o Xbox 360 da Microsoft e o Wii da Nintendo como parte da sétima geração de consoles de videogame. Nas vendas e compartilhamento de mercado, ele está atualmente em terceiro lugar.[4] O console foi lançado em 11 de novembro de 2006 no Japão e pouco depois em 17 de novembro em Hong Kong e Taiwan. Seu armazenamento de mídia primário é o Disco Blu-ray, enquanto ele também suporta SACDs,[5] DVDs e CDs. [6] Ele pode trasmitir vídeos de alta definição para jogos de videogame e filmes por uma porta HDMI 1.3, suportando até a resolução HD 1080p.

Foi inicialmente disponibilizado em duas configurações, o modelo 20 GB Basic e o modelo 60 GB Premium. Entretanto, o modelo 20 GB foi descontinuado na América do Norte em 11 de abril de 2007 devido à falta de demanda dos consumidores.[7] O modelo de 20 GB ainda está a venda no Japão, mas ainda tem que ser lançado em todos os territórios PAL.[8] Em 21 de maio de 2007 a Sony anunciou que lançaria o PlayStation 3 na Coréia do Sul em uma única configuração, apresentando um disco rígido de 80 GB e compatibilidade IPTV.[9] Em 9 de julho de 2007, o modelo de 80 GB foi lançado na América do Norte.[1

Moral

Beba com moderação!

surf

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

rebeldia ainda em furia!





O começo de tudo

O homem-chave na propagação do punk rock na Inglaterra atende pelo nome de Malcom McLaren, hoje um senhor de 61 anos mais preocupado com a produção do disco da top model Christie Turlington. A história de McLaren começa a ficar interessante em 71, quando abriu a Let It Rock, uma loja de roupas para a nova geração de teddy boys - os filhotes das gangues originais, surgidas nos idos de 53. Desde então, McLaren tornou-se uma celebridade entre músicos e modernos londrinos.

Num dia qualquer de 73, os integrantes da banda protopunk New York Dolls adentram a Let It Rock. O visual absurdo da banda (uma mistura de glitter e sadomasoquismo) conquista McLaren e ele vira seu empresário. Em Nova Iorque, percebe o quanto os New York Dolls estavam datados e deixa o barco.

Apesar de renegar os Dolls, o empresário trouxe uma idéia bilhante dos Estados Unidos. Depois de sacar que o que valia no mundo do rock em 75 era muito mais a atitude do que o som, McLaren decidiu construir uma banda segundo seus novos padrões.

Mais uma vez em Londres, reassume sua loja - agora chamada SEX - e transforma-a no epicentro do terremoto que sacudiria o mundo pop, ajudado pela estilista Vivienne Westwood. Segundo o próprio McLaren, criou os Sex Pistols.

Reunir os quatro Pistols foi fácil: Steve Jones e Paul Cook (respectivamente guitarrista e baterista) viviam na SEX. Glenn Matlock - baixista e balconista da loja aos sábados - foi convocado imediatamente. Faltava escolher o vocalista.

Depois de descartar o crítico Nick Kent e o cantor Richard Hell para a vaga, a banda experimenta um velho freqüentador do pedaço, um adolescente de dentes podres chamado John Lydon. O teste é feito na loja, com o vocalista cantando numa jukebox. Johnny, que nunca tinha cantado na vida antes, foi aprovado por sua postura e comportamento anti-social, em resumo, era perfeito para a vaga. Os ensaios começam. Agora a banda se chama Sex Pistols e John Lydon vira Johnny Rotten (literalmente, Joãozinho Podre).

O primeiro show acontece em 6 de novembro de 1975, um fiasco inevitável dado o despreparo da banda.

Voçê passaria uma noite com essas gatinhas?



Curta a vida numa boa!

Metal Gear Solid 4-guns of the patriots


A história desenrola-se cinco anos depois do acidente "Manhattan Incident", no episódio Big Shell, em Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty. Estamos no ano 2014, onde as guerras são travadas por PMCs (private military companies), ou seja, por companhias militares privadas. O visual é mais futurista, com uma ideia de fim do mundo e caos total! Estas possuem uma nova série de Metal Gears, robots que se apoiam em dois pés e que possuem armas de grande destruição. Em Guns of the Patriots, estes novos robots surgem agrupados, contituindo um séria ameaça para quem surge no seu caminho.

Sabemos que cinco das maiores PMC's são comandadas por uma companhia maior, denominada Outer Heaven, onde Liquid Ocelot se assume como chefe máximo. O seu arsenal de guerra combinado é arrasador, e preparam-se para uma rebelião armada, ameaçando a estabilidade mundial.

E neste cenário que Snake é chamado a intervir, de modo a salvar uma vez mais o planeta das acções inimigas.

Erotic



Mais um filho dos erros humanos


Charles Milles Manson (12 de novembro de 1934 - ) foi o fundador dum grupo que cometeu vários assassinatos, dos quais se destaca o assassinato da actriz Sharon Tate, esposa do director de cinema Roman Polanski, em 1969. Filho de uma prostituta e frenquentador assíduo de reformatórios juvenis pelos crimes de falsificação e roubo, Charles Mason recém-cumprira uma pena de 10 anos, em 1954, quando formou uma comunidade estilo "hippie" em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Manson tinha ideias grandiosas, e os seus seguidores, ou "Família Manson", como eram conhecidos, consideravam-no a reencarnação de Jesus Cristo. O próprio Manson também acreditava nisso e ainda dizia que os Beatles conversavam com ele através das suas músicas.
Em 9 de agosto de 1969, um grupo de seguidores de Manson invadiu a casa do director Roman Polanski, em Hollywood, assassinando a sua esposa, Sharon Tate - que estava grávida - e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até à morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Numa das paredes, foi escrito "Pigs" (Porcos). Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Leno e Rosemary LaBianca, matando os dois. As mensagens escritas na parede da casa com o sangue das vítimas foram "Healter Skelter", "Death to pigs" e "Rising". Os assassinatos de Sharon Tate e do casal Labianca pela "Família Manson" ficaram conhecidos como o "Caso Tate-Labianca". O objectivo dos assassinatos planeados por Charles Manson era começar uma guerra, que, segundo ele, seria a maior já travada na terra, denominada de "Helter Skelter". Uma guerra entre negros e brancos, onde os brancos seriam exterminados. Ele acreditava que qualquer negro seria acusado dos assassinatos, o que faria com que os confrontos logo explodissem. Como ele e sua "família" eram brancos, planeavam esconder-se num poço denominado por Manson como poço sem fundo num qualquer lugar no deserto assim que a suposta guerra começasse. Linda Kasabian, uma das integrantes da comunidade, resolve, porém, fugir e denunciar Charles à polícia, além de depôr no seu julgamento. Ela não concordava com os assassinatos, apesar de ter presenciado alguns

legalize-ja

A maconha é a droga ilegal mais utilizada entre os brasileiros, conforme a pesquisa realizada em 2001 pelo Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e pela Unifesp. De acordo com o estudo, 7% já experimentaram a erva pelo menos em uma oportnidade - nos EUA, são 37%. Entre eles, e também entre pessoas que não são usuárias, como alguns entrevistados desta reportagem (leia ao lado, em "depoimentos"), cresce o desejo pela legalização da droga.


No entanto, uma decisão como esta ainda está longe de ser tomada por parte da justiça e dos governantes brasileiros. Apesar disso, o fim da pena de prisão para usuários da erva, estabelecida em 2004, foi mais um passo em direção à descriminalização da droga.


Atualmente, não há nenhum projeto sobre a legalização da maconha em andamento no Congresso Nacional. Porém, um projeto de lei do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) pretende unificar a legislação de drogas e defende a união dos ministérios da Educação, da Saúde e da Justiça para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Política Antidrogas, para que se tomem medidas educativas e de prevenção.


O projeto de lei propõe ainda a tipificação de financiadores e traficantes de drogas (ou seja, definir exatamente quem são essas figuras, algo que ainda é nebuloso na legislação brasileira, como lembrou em entrevista a delegada Jovenessa Pace Soares, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos – Denarc – do Rio Grande do Sul), o aumento de penas contra eles, a amenização de penas contra usuários e o estabelecimento de normas de repressão contra produção e venda de drogas

salve o mundo, mate-se

alice in chains,(dirt)

:: Alice In Chains - Dirt (1992)

O grunge e o rock estavam num turbilhão permanente em 1992 Álbuns com grande impacto sucediam-se quase em catadupa: Nevermind – Nirvana, Ten – Pear Jam, Black Album – Metallica, Badmotorfinger – Soundgarden, Wretch – Kyuss, Dirty – Sonic Youth, Core – Stone Temple Pilots, Blood Sugar Sex Magik – Red Hot Chili Peppers, entre outros, marcavam ouvintes um pouco por todo o lado… E foi neste caldeirão que surgiu Dirt, o segundo álbum da carreira dos Alice In Chains.
Apesar do airplay nas rádios, das excelentes críticas e vendas nos Estados Unidos, chegando o disco ao nono posto da tabela da Billboard, na Europa a recepção a Dirt foi quase underground, não fosse a coincidência de os AIC pertencerem a Seattle, a mesma cidade dos Nirvana e Pearl Jam. Esse facto é perceptível pelas baixas vendas registadas nas tabelas europeias e pelas críticas desinteressadas das principais revistas da especialidade. Recordo-me em especial da crítica do Blitz, que referia: «não há pachorra para mais uma banda grunge». O ambiente juvenil do secundário e preparatório da época (do qual eu fazia parte), de resto, não desmentia essa evidência. A batalha de popularidade entre bandas era travada entre os fãs de Nirvana e os fãs de Pearl Jam com os fãs de Metallica à mistura, descarregando nos anteriores. Os Alice In Chains eram assim uma banda pouco popular em 1992, mesmo já com Dirt nas ruas.

Ainda assim, criou-se um culto bastante especial pela banda, sobretudo entres fãs mais ligados à vertente metal. Camaleonicamente eram os novos Black Sabbath, ou Led Zeppelin – ligação facilmente explicada pelas óbvias referência que os AIC tinham das bandas anteriores. Jerry Cantrell e Layne Staley tornavam-se numa dupla de excepção comparável a duplas como Bon Scott/ Angus Young dos AC/DC ou Jimmy Page/ Robert Plant dos Led Zeppelin. As qualidades de Cantrell na guitarra impressionavam pela criatividade e versatilidade únicas, criadoras de riffs com camadas melódicas mágicas, quase sobrenaturais; enquanto que Staley tinha aquela voz impressionante que parece que vai falhar a todo momento, mas que se cola à nota infinitamente. A adicionar temos ainda as capacidades líricas de ambos que compõem a paisagem para o mundo AIC. Seria injusto, no entanto, não referir o papel de Sean Kinney (baterista) e Mike Starr (baixista), também importantes na construção da sonoridade única dos AIC. O estilo meticuloso de Kinney e a capacidade de improvisação de Starr completavam o puzzle.
Dirt é permanentemente analisado como um álbum conceptual, girando em torno de uma simbologia acorrentada ao mundo niilista das drogas, da morte, da solidão e do desespero. E inevitavelmente isso é verdade. Canções como Angry Chair, God Smack ou Junkhead reflectem as ligações de Cantrell, Layne e Starr com o mundo distorcido das drogas. Starr abandonou a banda precisamente por não conseguir lidar com elas; Layne teve um destino fatal em 2002 em consequência de uma overdose. A letra de Junkhead não podia ser mais explicita: «What's my drug of choice? Well, what have you got?». Ou então a de God Smack: «Stick your arm for some real fun». Quanto ao niilismo, esse é mais que evidente em Down In A Hole, com o famoso refrão: «Down in a hole, loosing my soul, down in a hole, losing control, I´d like to fly, but my wings have been so denied». Ou em Them Bones: «I feel so alone, gonna end up a big ole pile a them bones». Curioso é que os AIC não esquecem a questão do Vietnam, num período de ressaca da Guerra do Golfo, através de Rooster, que relata a participação do pai de Cantrell no conflito: «Wife and kids and a household pet, arny green was no safe bet, the bullets scream to me from somewhere».
Nunca um álbum foi tão clarividente neste universo de depressão e angústia, mas a energia que transborda das melodias e harmonias suplanta esse negativismo, germinando uma simbiose transcendente de vibração e emoção. Canções como Would ou Them Bones são nutrientes vitais da história do rock e a sua força contagiante é inegável. Simultaneamente funcionou como premonição, antevisão do futuro, qual Nostradamus, à semelhança de Unknown Pleasures e da consequente morte de Ian Curtis. Dirt previu a morte de Kurt Cobain, do próprio Layne e o fim dos Alice In Chains, bem como o calar do grito de uma geração perdida nos meandros da toxicodependência.

Ao longo do tempo, Dirt ganhou o seu espaço entre os álbuns mais importantes de sempre, tornando-se peça fundamental da mecânica rock-grunge, quer pelos fãs de raiz, pela legião de ouvintes conquistados ao longo dos anos, quer pela influência directa em muitas bandas da actualidade. O frenesim actual gerado pela actuação da banda em Lisboa é sinal disso, mesmo sem Layne no papel de vocalista.
Dirt foi mais que uma simples gravação, foi uma experiência única, foi uma juventude inteira e é uma herança fundamental a passar para gerações futuras. Dirt é o criador de um mito chamado Alice In Chains, que permanecerá para sempre nas nossas memórias e corações.