domingo, 28 de outubro de 2007

Hiroshima


Os Estados Unidos são a única nação que alguma vez usou armas nucleares, tanto em guerra como contra populações civis, tendo lançado duas bombas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945

Após a segunda guerra mundial, os ‘Estados Unidos’ desenvolveram e mantiveram uma força estratégica baseada no bombardeiro “B-36”, que seria capaz de atacar qualquer potencial agressor, partindo de bases situadas no país. A possibilidade de um ataque nuclear aos ‘EUA’ era considerada como remota, visto que nenhuma outra nação possuía tal armamento. Sendo assim, muitas estrategistas receavam que um general mal-intencionado pudesse lançar um ataque à União Soviética sem para tal estar superiormente autorizado (como era sugerido no livro Fail-safe e no filme de Stanley Kubrick, Dr. Strangelove (Dr. Estranho amor em Português)). Para diminuir este medo, os ‘EUA’ colocaram as armas nucleares debaixo do controle de uma nova instituição, a United States Atomic Energy Commission (AEC). Na eventualidade de uma guerra, os bombardeiros do Strategic Air Command (SAC) seriam movidos para bases da ‘AEC’ para serem carregados de bombas, processo que demoraria várias horas.


Durante alguns anos muitos americanos foram-se convencendo da invulnerabilidade dos Estados Unidos a um ataque nuclear. De facto julgava-se que a ameaça nuclear dissuadiria qualquer ataque aos EUA. Simultaneamente, havia também alguma discussão sobre a possibilidade de colocar o arsenal da AEC sobre supervisão internacional ou de colocar limites ao seu desenvolvimento.

Em 29 de Agosto de 1949 a União Soviética testou a sua primeira bomba nuclear em Semipalatinsk no Cazaquistão. Cientistas do Projecto Manhattan tinham avisado a tempo que a URSS, haveria de criar a sua própria bomba nuclear. Mesmo assim, o efeito deste facto no pensamento e planeamento militares nos EUA foi enorme.

A proliferação das armas nucleares aumentou consideravelmente, e países como a Inglaterra e a França testaram as suas primeiras bombas atómicas em 1952 e 1960, respectivamente. Refira-se que o arsenal nuclear dos países da Europa ocidental era insignificante, quando comparado com os das superpotências, sendo as armas dos EUA e da URSS, as que mais preocupação causariam ao mundo durante o resto do século XX.

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